Sobre o texto; escrever é como construir um muro de tijolos!

Surge a necessidade – traça o objetivo – calcula a viabilidade – faz o projeto – compra o material e finalmente quando tudo esta estabelecido parte para o trabalho de fato, com linha e estacas marca o chão, com ferramentas o cava, feito o buraco, acomoda-se as colunas de ferro tudo alinhado e nivelado aplica uma camada de concreto, enche os buracos com concreto.

Assenta-se os tijolos, assenta-se os tijolos, e mais tijolos e vai levantando o muro, que vai tomando forma, preenchendo o espaço, dividindo o terreno, impondo limite.

Assim é o texto, sua construção tem que preencher o espaço, se impor e propor ao que de fato veio para fazer, deve comunicar com exatidão e coerência.

Sua comunicação tende a ser objetiva, pura e simples, independente de quem é seu leitor, tem que necessariamente produzir o ato de comunicar. No contexto que pertence, é protagonista, dita os próprios limites, divide o terreno, lado a, lado b.

O autor que produz a peça é o construtor empolgado com o resultado da obra, e ansioso para colher os benefícios, em todo o trabalho é ativo, motivado e absoluto, porém, completamente dependente do leitor, outro lado deste desatino, que influência o texto completamente com determinação evolutiva e arrogante, se não for ao seu gosto, não lê, se for entediante, não lê, se não possuir conteúdo adequado, simplesmente abandona e pronto, simples assim.

Afinal, qual o valor do texto quando o leitor não gosta? Qual é o legado? Qual é a beleza, se o principal interessado diz que é feio e não faz sentido. E sentido é a palavra esclarecedora, que no momento faz todo o sentido, o texto deve fazer sentido ao leitor e esclarecer suas dúvidas referente ao assunto que se trata. Desta forma fica claro, que o texto preencheu completamente o espaço e produziu o esperado para os dois lados.

Como o muro, o texto divide o terreno, coloca o autor e leitor em lados opostos, determina o lado de cada um e deixa claro a condição determinante na leitura espontânea do leitor, assim, as expectativas são cumpridas proporcionando contentamento e satisfação de ambos os lados.

Ainda impõe limites que devem ser respeitados aprimorando a atuação de cada sujeito na relação de leitura, ainda que o autor é um e o leitor, em algum momento são vários, esta relação é precisa e individualista, afinal cada leitor tem um papel exclusivo no conteúdo do texto e um sentimento particular em relação ao texto e ao seu autor.

A questão é complexa e impressionista e certamente será aprofundada no futuro. Do ponto de vista individualista todo escritor escreve para vender e todo leitor lê para conhecer o assunto.

O texto é simplesmente o meio de comunicação, e como tal deve ser tratado.

Aprimore, Melhore, Atribua Valor.

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